Segundo dados do Boletim Epidemiológico de Hanseníase 2025, do Ministério da Saúde, em 2023, houve um aumento de 35,2% de casos novos da doença em pessoas com mais de 60 anos, e de 4,2% em pessoas com até 15 anos. Conforme dados do DataSus, no Piauí, em 2025, já foram registrados 31 casos. Já a tuberculose, até o final de 2024, contabilizava 979 casos.
Diante deste cenário, a Secretaria da Saúde do Piauí (Sesapi) promoveu, nesta quinta-feira (1°), o III Fórum de Tuberculose e Hanseníase, que integra a programação do VII Congresso Internacional de Atenção Primária em Saúde (CIAPS). Durante o evento, foram discutidos o cenário epidemiológico da tuberculose e hanseníase, o diagnóstico laboratorial da tuberculose, o diagnóstico clínico e tratamento da hanseníase; prevenção e tratamento da infecção latente da tuberculose e a avaliação de contatos para hanseníase por meio do teste rápido.
O representante do Ministério da Saúde, o dermatologista e coordenador-geral de Vigilância da Hanseníase e Doenças em Eliminação da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ciro Martins Gomes, destacou que o Brasil sempre foi considerado um país endêmico para hanseníase, o que significa dizer que a população é uma das mais afetadas, entre as demais nações.
Segundo ele, antes da pandemia da covid-19, o Ministério da Saúde havia registrado cerca de 30 mil casos de hanseníase e, atualmente, há registros de 22 mil casos da doença no Brasil. As regiões com maior incidência da doença e mais atenção dos órgãos de saúde são o Centro-Oste, Norte e Nordeste do país. Com o intuito de combatera doença, o governo tem atuado, não somente com o oferecimento do diagnóstico e tratamento da hanseníase, mas também em ações realizadas diretamente com os estados no combate às doenças negligenciadas.
“Esse ano de 2025 representa uma ampliação desse combate à hanseníase. Liderado pelo Ministério da Saúde, mas com o apoio e participação de todos os estados, temos o programa De Janeiro a Janeiro, que prevê a ida dos nossos representantes de Brasília para apoiar a todos os estados. Isso, no conjunto de uma doença negligenciada, é muito importante. Não vamos acabar com a hanseníase somente dando medicações e diagnóstico, mas, sim, dando tratamento e resolvendo os problemas sociais e de vulnerabilidade da população”, disse Ciro Martins Gomes.
A tuberculose foi outro tema discutido durante o fórum, e chama atenção para alguns fatores que devem ser considerados para se controlar e eliminar a doença. Dentre eles, estão os trabalhos sociais voltados para os grupos mais vulneráveis da sociedade. Artemir Coelho, coordenador-geral da Vigilância da Tuberculose, do Ministério da Saúde, cita que, durante a pandemia da Covid-19, os serviços que atendem a tuberculose foram impactados, de modo que os usuários, ao buscarem o serviço de saúde, eram avaliadas para covid, mas não para tuberculose, além da prioridade no atendimento ter sido voltada para os pacientes com covid. Esses e outros fatores contribuíram para um represamento dos casos.
“Além do trabalho de assistência, de encontrar as pessoas com sintomas de tuberculose, ofertar o diagnóstico e fazer o tratamento, as pessoas com tuberculose está em situação de vulnerabilidade, como pessoas privadas de liberdade, em situação de rua, com coinfecção TB-HIV, imigrantes, entre outros grupos. Essas pessoas precisam sair dessa vulnerabilidade, com alimentação adequada, moradia, saneamento. Vivendo dignamente, elas terão uma imunidade adequada para não adoecer pela tuberculose. Na pandemia, muitas pessoas tiveram tuberculose e ficaram em casa transmitindo para seus familiares, principalmente para as crianças, e agora estamos com esse serviço de recuperar o diagnóstico dessas pessoas”, ressalta.
“Se não tratada, a tuberculose mata. Mas a notícia boa é que ela tem diagnóstico e cura. A pessoa com tuberculose precisa ser avaliada, ter um diagnóstico laboratorial e iniciar o tratamento o quanto antes. Se fizer o tratamento corretamente, o paciente ficará curado tanto da tuberculose sensível quanto da droga resistente. Com o diagnóstico precoce, essa pessoa para de transmitir a doença e isso é muito importante”, complementa Artemir Coelho.
No Piauí, a Secretaria da Saúde do Piauí (Sesapi) tem orientado as secretarias municipais de saúde que realizem campanhas e busca ativa dos casos de hanseníase, por meio da avaliação dos contatos. Eliracema Alves, supervisora de Hanseníase da Sesapi, destaca que muitas pessoas estão convivendo diretamente com alguém que já teve a doença, não iniciou o tratamento e poderá desenvolvê-la.
“O médico é quem fecha o diagnóstico, mas a equipe da Saúde da Família é responsável por esse acompanhamento, pelo tratamento e avaliação do grau de capacidade. Vemos um número expressivo de pessoas diagnosticadas com hanseníase em grau II de incapacidade”, disse.
Segundo dados do Boletim Epidemiológico de Hanseníase 2025, do Ministério da Saúde, em 2023, houve um aumento de 35,2% de casos novos da doença em pessoas com mais de 60 anos, e de 4,2% em pessoas com até 15 anos. Conforme dados do DataSus, no Piauí, em 2025, já foram registrados 31 casos. Já a tuberculose, até o final de 2024, contabilizava 979 casos.
Diante deste cenário, a Secretaria da Saúde do Piauí (Sesapi) promoveu, nesta quinta-feira (1°), o III Fórum de Tuberculose e Hanseníase, que integra a programação do VII Congresso Internacional de Atenção Primária em Saúde (CIAPS). Durante o evento, foram discutidos o cenário epidemiológico da tuberculose e hanseníase, o diagnóstico laboratorial da tuberculose, o diagnóstico clínico e tratamento da hanseníase; prevenção e tratamento da infecção latente da tuberculose e a avaliação de contatos para hanseníase por meio do teste rápido.
O representante do Ministério da Saúde, o dermatologista e coordenador-geral de Vigilância da Hanseníase e Doenças em Eliminação da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ciro Martins Gomes, destacou que o Brasil sempre foi considerado um país endêmico para hanseníase, o que significa dizer que a população é uma das mais afetadas, entre as demais nações.
Segundo ele, antes da pandemia da covid-19, o Ministério da Saúde havia registrado cerca de 30 mil casos de hanseníase e, atualmente, há registros de 22 mil casos da doença no Brasil. As regiões com maior incidência da doença e mais atenção dos órgãos de saúde são o Centro-Oste, Norte e Nordeste do país. Com o intuito de combatera doença, o governo tem atuado, não somente com o oferecimento do diagnóstico e tratamento da hanseníase, mas também em ações realizadas diretamente com os estados no combate às doenças negligenciadas.
“Esse ano de 2025 representa uma ampliação desse combate à hanseníase. Liderado pelo Ministério da Saúde, mas com o apoio e participação de todos os estados, temos o programa De Janeiro a Janeiro, que prevê a ida dos nossos representantes de Brasília para apoiar a todos os estados. Isso, no conjunto de uma doença negligenciada, é muito importante. Não vamos acabar com a hanseníase somente dando medicações e diagnóstico, mas, sim, dando tratamento e resolvendo os problemas sociais e de vulnerabilidade da população”, disse Ciro Martins Gomes.
A tuberculose foi outro tema discutido durante o fórum, e chama atenção para alguns fatores que devem ser considerados para se controlar e eliminar a doença. Dentre eles, estão os trabalhos sociais voltados para os grupos mais vulneráveis da sociedade. Artemir Coelho, coordenador-geral da Vigilância da Tuberculose, do Ministério da Saúde, cita que, durante a pandemia da Covid-19, os serviços que atendem a tuberculose foram impactados, de modo que os usuários, ao buscarem o serviço de saúde, eram avaliadas para covid, mas não para tuberculose, além da prioridade no atendimento ter sido voltada para os pacientes com covid. Esses e outros fatores contribuíram para um represamento dos casos.
“Além do trabalho de assistência, de encontrar as pessoas com sintomas de tuberculose, ofertar o diagnóstico e fazer o tratamento, as pessoas com tuberculose está em situação de vulnerabilidade, como pessoas privadas de liberdade, em situação de rua, com coinfecção TB-HIV, imigrantes, entre outros grupos. Essas pessoas precisam sair dessa vulnerabilidade, com alimentação adequada, moradia, saneamento. Vivendo dignamente, elas terão uma imunidade adequada para não adoecer pela tuberculose. Na pandemia, muitas pessoas tiveram tuberculose e ficaram em casa transmitindo para seus familiares, principalmente para as crianças, e agora estamos com esse serviço de recuperar o diagnóstico dessas pessoas”, ressalta.
“Se não tratada, a tuberculose mata. Mas a notícia boa é que ela tem diagnóstico e cura. A pessoa com tuberculose precisa ser avaliada, ter um diagnóstico laboratorial e iniciar o tratamento o quanto antes. Se fizer o tratamento corretamente, o paciente ficará curado tanto da tuberculose sensível quanto da droga resistente. Com o diagnóstico precoce, essa pessoa para de transmitir a doença e isso é muito importante”, complementa Artemir Coelho.
No Piauí, a Secretaria da Saúde do Piauí (Sesapi) tem orientado as secretarias municipais de saúde que realizem campanhas e busca ativa dos casos de hanseníase, por meio da avaliação dos contatos. Eliracema Alves, supervisora de Hanseníase da Sesapi, destaca que muitas pessoas estão convivendo diretamente com alguém que já teve a doença, não iniciou o tratamento e poderá desenvolvê-la.
“O médico é quem fecha o diagnóstico, mas a equipe da Saúde da Família é responsável por esse acompanhamento, pelo tratamento e avaliação do grau de capacidade. Vemos um número expressivo de pessoas diagnosticadas com hanseníase em grau II de incapacidade”, disse.