Somente em 2024, o sistema prisional registrou 3.084 inscrições para o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos para Pessoas Privadas de Liberdade (Encceja PPL), que contempla os níveis fundamental e médio. Os detentos participam de forma voluntária, dando um passo importante para a construção de novos projetos de vida.
No Piauí, os internos têm acesso a cursos nas áreas de eletricista predial, pedreiro de alvenaria, pintor, panificação, horticultor orgânico, produção e manejo de suínos, marceneiro e empreendedorismo. As capacitações são realizadas em parceria com o Sebrae, Senai, Sasc e Senar.
Segundo o interno Márcio César, que aprende sobre panificação, o momento de ensino dentro do sistema prisional representa um divisor de águas em sua vida.
“Geralmente nós fazemos pães e salgados. Eu já conhecia um pouco da técnica, mas é aqui que estou me aperfeiçoando, aprendendo mais a cada dia. A ideia é sair daqui com outro olhar, com conhecimento suficiente para conseguir um trabalho e construir um futuro melhor”, afirma.
Para a policial penal e gerente da Penitenciária Irmão Guido, Rebeca Filha, a capacitação profissional tem sido uma das estratégias mais eficazes no processo de reintegração social dos custodiados.
“Finalizamos neste mês mais um curso profissionalizante, onde quinze internos concluíram todos os módulos de Eletricidade Predial. Essa capacitação constante é uma diretriz do nosso secretário de Justiça, coronel Carlos Augusto, que tem como meta oportunizar, cada vez mais, que os internos saiam qualificados e reinseridos no contexto social, seja pelo trabalho, seja pela educação”, destacou.